31 de dezembro de 2010

Saudade


Marquinhos, Elisa, David, Álamo e Maria Clara

Hoje assisti um DVD, um desses enlatados americanos, saca? Conta uma historia de um cara que escreveu um livro contando sua experiência com a morte da sua mulher. Também, desse mesmo livro, nasceu um encontro dele com outras pessoas que passavam por dor semelhante.

Do meio pro final, o filme mostra outra realidade, a dificuldade dele em lidar com a perda, de saber como desabafar e tocar em frente. Como exemplo dessa sensação de prisão, ele não conseguia falar com os pais dela.

Me senti dentro do filme, pois sinto uma armadura instalada no meu peito, pesada, dura e que pelo menos me deixa respirar e tocar a vida meio que robotizada. Não consigo falar com vocês por enquanto. Sei que a partida da Marpe está sendo sentida por diversas pessoas, mas, em vocês é onde mais me agonia e também por Khym e Chyara que perderam uma Tia presente!

Que o Doutor Tempo e auto-reflexão cuidem para passar logo esse luto e apontem chaves para soltar o cadeado dessa armadura. Sem ela vou poder fazer valer o diploma que recebi dela na formação do meu caráter e escolhas de vida!

Um beijo


Um comentário:

andrea augusto - angelblue83 disse...

Fabiano, o tempo vai te ajudar sim e muito. Eu costumo dizer que perder alguém querido é como qdon a gente joga uma pedrinha no meio de um lago parado. No início as maralos são mais juntinhas, uma dor latente, uma onda logo após a outra. Saudade, tristeza, raiva etc, mas um dia a marola vai se alargando cada vez mais até chegar a margem, a frequencia diminui e o que era tristeza vira uma melancolia que não vai sumir, mas tb não te faz sofrer. É algo como: que sorte eu tido minha por tantos anos na minha vida. Que sorte ELA ter sido minha mãe. Vc passa a agradecer pelo tempo que tevee não pelo que não teve, entende?
Por isso, mas uma vez te digo aproveita no sentido de curtir a sua família. Vc é um abençoado por tê-la. Sabe, no Natal que sempre passo sozinha, fiquei pensando em qtas vezes perdi de comemorar o Natal que minha mãe adorava só porque não tinha o papai junto. Que bobagem a minha, podia ter feito lindos Natais, ela gostava tanto, com minha mãe e não fiz. Estraguei a oportunidade de ter boas lembranças. Por isso, te digo, curta a sua família, faça por eles, limpe seu coração da tristeza. Qtas crianças são jogadas foras pelas mães e pais, qtos nos orfanatos e vc teve a sorte de ter uma família tão querida. Pense nisso e pense assim, pq vc vai estar ajudando o tempo a te ajudar na cicatrização das feridas. Confie em mim.

abrs
andrea