22 de maio de 2009

Elas ficam grávidas! Nós ficamos grávidos!




Por ai só escutamos o termo “ grávida ”. Oficialmente é o maravilhoso estado no qual as mulheres iniciam o período de fecundação do feto até o nascimento! Só mesmo elas sabem o turbilhão de transformações que vivem no corpo físico e emocional durante os noves meses. Além de todos esses personagens que continuam intensos, como Profissional, Mulher, Mãe, Filha, Esposa, Amigas e outros, ela precisa trabalhar bastante e se doar para esse estado de “Ser Grávida”. Esses trabalhos significam cuidar do corpo e daí vai um leque de atividades como drenagem linfática, hidroginástica, yoga, alongamento, maiores cuidados com alimentação e por aí vai! Tudo isso tem um ganho 2 em 1 pois o Serzinho ou Serzinha que cresce com tudo isso rolando em volta dele/dela, também ganha! Junto com isso ela passa a desenvolver novas emoções que são de ordem visceral de amor intenso por aquele Serzinho ou Serzinha! Mesmo estando o mais próximo que eu pude estar, não saberia transformar em palavras essa experiência única e feminina!

Na verdade, quero falar de um estado que ainda não é oficial e não está nos dicionários:

Nós, os homens, deveríamos ficar grávidos também!

Obviamente que a limitação física nos impede qualquer comparação com as grávidas! Agora, isso não impede um comportamento emocional de “grávidos” .

O que seria esse estado ?

Nesse mundo globalizado, atualmente insustentável, tudo converge para um equilíbrio de igualdades entre sexos, raças e outros rótulos. Dessa forma, temos esse dever de casa de criarmos esse estado de “grávidos” que pode abranger :

- Estar com ela na maioria desses trabalhos e, se não conseguir, ir levar ou buscar;

- Colar o rosto na barriga todos os dias e falar com o Serzinho ou Serzinha, acariciar, cheirar, cantar o hino do flamengo ou outro time;

- Ficar parado e sentir os chutes e solavancos que despontam da barriga;

- Refletir e pensar como será seu papel de Educador quando esse Serzinho ou essa Serzinha estiver no seu colo;

- Estar com ela nas visitas aos médicos, ultra-sonografias e tudo mais;

- Desenvolver instintivamente e racionalmente seu lado paternal;

- Opinar na cor do quarto, tamanho do berço, estoque de fraldas e por aí vai que a lista é grande;

- Fazer amor com ela do primeiro até o último mês, com os devidos cuidados para não bagunçar muito com o novo inquilino / inquilina da barriga!

No passado esse personagem era ave rara! Hoje é imperativo que ele seja exercido a pleno vapor!

15 de maio de 2009

COMPUTADOR, TV, GAMES, CELULAR – OS RECURSOS DA MODERNIDADE



Esse texto contém boas dicas da Dra. Cristiane Rayes Martins! São tantos os eletrônicos nos dias de hoje, que devemos sim refletir e escolher quanto tempo queremos que os nossos filhos interajam com eles! Aproveitem !



Crianças modernas e atuais, todas elas equipadas com televisão no quarto, computador, vídeo game de última geração e celular.

Quais são os benefícios de tudo isto?

Estudos comprovam que a TV antes dos 2 anos de idade não traz benefícios algum para o desenvolvimento infantil, o que prevalece são o vínculo materno, o ambiente doméstico e os costumes familiares e ainda geram maior risco de obesidade, problemas de atenção e queda na qualidade de sono.
As televisões viraram babás, muitas famílias se utilizam deste recurso para acalmar ou distrair as crianças enquanto as mães realizam seus afazeres. A permissividade dos pais que aproximam cada vez mais as crianças do mundo eletrônico por medo de que seus filhos fiquem atrasados em seu desenvolvimento ou que garantem certo status possuindo todos os equipamentos faz com que a comunicação familiar se torne cada vez menor e a participação efetiva das famílias em jogos e brincadeiras cada vez mais escassas, aproximando de forma precipitada suas crianças do mundo adulto.
O conteúdo violento da televisão não faz com que uma criança se torne agressiva a não ser que ela viva em um ambiente hostil, seja solitária, carente ou que se exponha em excesso a programas violentos. A participação familiar e os costumes é que fazem diferença.
O maior perigo da violência na TV não é a contaminação e imitação, mas a anestesia frente a violência – aceitar passivamente o que a tela oferece e de forma verdadeira, pois crianças pequenas não distinguem realidade e fantasia não relacionando as conseqüências de um ato em si.

Sei que é quase impossível nos dias atuais deixar que uma criança não assista TV ou use o vídeo game e não sou contra tais equipamentos, mas devemos saber usá-los, tirar benefícios. Devemos permitir que as crianças assistam programas de acordo com sua idade, em horário apropriado, de acordo com o conteúdo que está aprendendo e acompanhado por um adulto para dar-lhes as explicações necessárias.

SINTOMAS DO EXCESSO DE TV: (2 a 6 anos)
Dificuldade para dormir
Inapetência
Irritações e caprichos
Falta de controle esfincteriano
Agressividade com outras crianças
Timidez, falta de interação social
Transtornos de linguagem
Rebeldia

COMPUTADOR
Os pais têm extrema preocupação quanto ao uso do computador, sempre perguntando nas escolas se existe aula de computação para que seus filhos se insiram no mundo atual, mas se esquecem que estas dificuldades quanto ao computador foram deles que tiveram que aprender e se adaptar a máquina e que seus filhos já nasceram neste meio e como criança aprendem com toda sua curiosidade e espontaneidade. Outro fator que espanta os pais é a internet, onde as crianças precisam ser devidamente supervisionadas, principalmente os adolescentes em suas salas de bate papo e com grandes ilusões.
Nas pesquisas e lições de casa o computador é indispensável, mas infelizmente muitas crianças pesquisam, recortam, colam, imprimem sem ao menos ler. Antigamente tínhamos que pesquisar, resumir, concluir e não apenas imprimir, pois se copiássemos provavelmente nosso professor descobriria.
Antes dizíamos que o problema da educação era a falta de informações, atualmente temos muitas informações e não sabemos o que fazer com tudo isto.

E O CELULAR?
Crianças com menos de 8 anos não tem responsabilidade com o celular, eles viram câmeras fotográficas ou brinquedos nas mãos dos pequenos, ficando perdido nas caixas de brinquedos.
Geralmente as crianças pedem o celular porque todos os amigos têm ou porque possui um joguinho, sem ao menos ter noção do custo, e os pais acabam comprando ou mesmo dando seu antigo aparelho para acompanhar a moda, mas sem educar.
Outro uso constante do celular é a forma que os pais encontraram de estar presente na vida dos filhos. Tenho visto a falta de noção dos pais que além de darem o aparelho ainda ligam para seus filhos no horário de aula para se fazer presente, mas se os pais não respeitam as regras como os filhos irão respeitar?
Muitas escolas já proíbem DS, celulares, aparelhos eletrônicos durante o período escolar incentivando os relacionamentos que estão cada vez mais virtuais e distantes, prova disto foi o que aconteceu comigo há semanas atrás: minha filha convidou uma amiga para vir até minha casa brincar após o período de aula. O contato foi feito entre elas na escola, eu não conhecia e nem conheço a mãe. Bem, a amiga veio comigo sem ao menos os pais saberem meu endereço e meu nome, mas para segurança dos pais veio equipada com o tal celular no pescoço. Durante o tempo que esteve lá a mãe telefonou para dizer que ainda estava no trabalho e só falou com a filha, me prontifiquei a levá-la para casa após a brincadeira e a mãe ligou para a filha durante o caminho para certificar que ela sabia dizer o endereço de sua casa. Afinal, conclui que o celular pode ajudar no contato com a filha, mas que infelizmente afasta também o contato entre famílias, o que é muito importante para a criança e além do mais será que uma criança tem “responsabilidade” suficiente para circular em um lugar tão desconhecido? Será que o celular realmente dá segurança?
Vamos pensar...

VÍDEO - GAME
Lindos, fascinantes, cada vez mais sofisticados.
Fui a uma festa infantil e sai decepcionada. Os convidados tanto adultos quanto criança ficaram ao redor do presente tão esperado, discutindo os jogos e o valor do equipamento, não foi uma festa, mas uma disputa de jogos e poder.
Achei os jogos interessantíssimos, a imagem perfeita, tudo muito legal deste que nossos filhos possam tê-lo de acordo com a realidade financeira da família e saibam usufruir no contato com seus amigos e familiares e não apenas sós.
Ao final de festa o pai disse: só poderá usar nos finais de semana – e bem no final de semana que é quando esta criança tem a possibilidade de estar com os pais e brincar, passear, conversar...

Deste que seu uso seja supervisionado com jogos adequados a idade, de forma prazerosa, não apenas como competição entre os participantes e não substituindo relacionamentos e amizades ele é válido.


CONCLUSÃO:

Se tais equipamentos estão substituindo uma presença, os relacionamentos podemos concluir que há algo errado e repensar nossas relações.
Penso que os pais deveriam lembrar-se de ensinar aos seus filhos jogos e brincadeiras de sua época, melhorando o relacionamento familiar, a memória, atenção das crianças e regatando suas histórias de vida e suas origens.
A família, a escola tem uma grande função: manter as crianças em um ambiente rico em interações e repleta de atividades que permitam desenvolver seu corpo, suas sensações, sua memória, seus vínculos (brincadeiras, contato físico, carícia, histórias infantis e de vida), pois é apenas no contato, na presença do outro que nos constituímos e efetivamos laços suficientemente fortes e significativos para podermos “compreender” o que vem do virtual. Cabe a cada família rever seus conceitos, valores e repensar sua infância para educar de forma saudável.



Um grande abraço e até a próxima,

CRISTIANE RAYES MARTINS - CRP 06/40025-5
PSICÓLOGA CLÍNICA E EDUCACIONAL
ESPECIALISTA EM ORIENTAÇÃO FAMILIAR, PROCESSOS PSICOTERAPÊUTICOS E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM.

12 de maio de 2009

Educador: Instinto ou Razão ou um Mix dos 2

Se quero construir uma casa, estudo engenharia, arquitetura, finanças e paisagismo e, eu mesmo construo ou contrato tudo isso de alguém! Se quero aplicar capital, estudo economia, bolsa de valores, mercado financeiro e lá vou praticar as opções que existem ou procuro um banco ou investidora para fazer isso por mim! São apenas dois exemplos de milhares de situações do nosso cotidiano onde podemos escolher onde fazer por nós mesmos ou com especialistas! Lá se vão 9 anos onde convivo com essa idéia e convicção que o gesto e decisão de ter filhos permanece altamente instintivo e irracional! Lembro de ter feito cursos de " grávido " para não ficar a ver navios durante os noves meses e nos primeiros meses de vida! Porém, sempre ficou uma sensação de estar faltando algo! Não vejo como implantar leis e regras ou até o "nascimento" de uma cultura onde indique quem pode ou não ter filhos! Seria querer demais de uma raça que está num estágio como a nossa, ou seja, procurando saber e cuidar do planeta onde pretendemos viver nos próximos anos e séculos. Então deixo esse tema para outras épocas!

O que me aflige é o fato da gente ter que se deparar com o personagem de Pai ou Mãe (ou Educadora ou Educador ) e ter que exerce-lo meramente através de instinto, através de experiências que tivemos quando estávamos no papel de " Sermos Educados " por nossas Mães ou Pais ou através do tal de bom senso. Ou seja, sem nenhum preparo racional exercido antes de tomar a decisão de exercer esse personagem. Tento diminuir essa aflição tendo a convicção que nunca irei ser perfeito nesse personagem, mas, uso da mesma convicção para cobrar de mim mesmo o melhor que posso dar para minha dupla e para minha sócia nessa função!

Será que tem alguem criando por ai um curso intensivo de Educador, um de Técnologo, um de Bacharel, uma Pós ou um MBA ? Ok! Eu mesmo posso dizer e alertar a mim mesmo que cada criança é una! Cada casa é uma casa! Mas, que em muitas e muitas situações poderíamos agir melhor com nossos pequenos, aí nínguém me tira essa convicção que sim, se houvesse um método menos instintivo e um preparo prévio!

Por exemplo, é uma opção minha querer que eles aprendam idiomas, ou deveria ser obrigação ? É uma opção minha querer educá-los com conceitos de reduzir, reciclar, reutilizar ou deveria ser minha obrigação e de todos os educadores ?

Fim do Mijódromo e Xixizeiro

Dizem por ai que é melhor prevenir do que remediar certo ? Assim, optei pelo caminho do "me tratar". Até ai nada demais para quem teve intensa sensação nos primeiros meses de vida do Khym que, a humanidade havia esquecido até hoje de criar cursos, treinamentos, seja lá qual for o nome que pudesse nos ajudar nesse personagem de Educador"...Dessa forma, posso estar me tratando ou me treinando!

Ontem fomos na nossa Dra. Ludo lá no www.centromaieutica.com.br ! Para resumir contei sobre táticas de como lidar com a "enurese noturna", conhecida popularmente como xixi na cama! Contei que havia inventado o placar Xixizeiro e o Mural Mijódromo! O Mural seria colocado na parede da cama depois de 2 dias seguidos de xixizada e o Xixezeiro é um calendário que estava marcando os dias de xixizada! Pronto! Está vendo só como tenho razão sobre nossa incapacidade de Educar!! De cara o Mijódromo foi vetado, pois enfatiza o que precisa ser superado, além do constrangimento! Depois, foi mantido o Xixizeiro, porém, com ênfase em não mais marcar os dias de xixizada e sim os dias de "vitórias"e "gols" . Saí de lá muito bravo comigo mesmo pois já havia aprendido e assimilado esses conceitos tanto como Educador e também nos momentos onde liderei e gerenciai pessoas! Ok! Me perdoei e assim que cheguei em casa eliminei o Mijódromo e transformei o Xixizeiro em calendário de vitórias !!!